É só me dar uma caneta e um pedaço de
papel na mão
Que eu começo a escrever
Não sei se é arte, literatura, poema ou
cultura
Não sei se assim posso dizer
Sei que assim vejo a vida
E ela vai e volta, passando por mim
E com ela boas ou más lembranças,
Vindo em minha direção assim
Presenciadas assistidas ou que estão por
vir
Só sei que graças a isso. Achei um
motivo pra persistir
E sei que sem tudo isso, não teria graça
em existir.
A mão fala, muito menos do que o coração
está sentindo
Caminhamos com vendas sem destino.
E para onde vamos?
Não sabemos. O futuro é incerto;
impreciso
Quando estou bem comigo mesma
Eu vejo o mundo, contemplo tudo e não
falo de mim
Enxergo a natureza me encontro com a
vida
Falo do que importa
E quase nada incomoda
Mas, quando os leões gritam e se agitam
Atacam e matam, oprimem e agridem
A liberdade criativa,
Pelo prazer de fazer o mal
Algo, sem nexo
Daí eu me fecho,
E me abro escrevendo.
Logo vem o fato de eu escrever tanto
sobre mim
Quando fico pequena escrevendo
E ai que eu cresço.
Autora: Veluma Marcela
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